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Mostrando postagens de outubro, 2011

VINÍCIUS DE MORAES

Soneto do Orfeu São demais os perigos dessa vida Para quem tem paixão, principalmente Quando uma lua surge de repente E se deixa no céu, como esquecida E se ao luar, que atua desvairado Vem unir-se uma música qualquer Aí então é preciso ter cuidado Porque deve andar perto uma mulher Uma mulher que é feita de música Luar e sentimento, e que a vida Não quer, de tão perfeita Uma mulher que é como a própria lua: Tão linda que só espalha sofrimento, Tão cheia de pudor que vive nua. (Vinicius de Moraes)

Desconsideração da personalidade jurídica: proteção com cautela

A distinção entre pessoa jurídica e física surgiu para resguardar bens pessoais de empresários e sócios em caso da falência da empresa. Isso permitiu mais segurança em investimentos de grande envergadura e é essencial para a atividade econômica. Porém, em muitos casos, abusa-se dessa proteção para lesar credores. A resposta judicial a esse fato é a desconsideração da personalidade jurídica, que permite superar a separação entre os bens da empresa e dos seus sócios para efeito de determinar obrigações. A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), conta que a técnica jurídica surgiu na Inglaterra e chegou ao Brasil no final dos anos 60, especialmente com os trabalhos do jurista e professor Rubens Requião. “Hoje ela é incorporada ao nosso ordenamento jurídico, inicialmente pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) e no novo Código Civil (CC), e também nas Leis de Infrações à Ordem Econômica (8.884/94) e do Meio Ambiente (9.605/98)”, informou. A ministr

História do Movimento Anarquista no Brasil

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Posted: 28 Oct 2011 05:02 PM PDT História do Movimento Anarquista no Brasil Com 8.511.965 km² e uma população de cerca de 160 milhões de habitantes, "encontrado pelos navegadores portugueses em 1500", colonizado à força de chicotadas e da decepação de pares de orelhas com as mãos dos capitães do mato", cresceu pela força do trabalho escravo, como os demais países "descobertos" por espanhóis, italianos, holandeses, franceses, ingleses e outros. A questão social começou quando uns poucos figurões alugaram e compraram braços humanos para desbravar a terra, abrir estradas, construir pontes, moradias, carruagens e tudo o mais capaz de proporcionar uma vida confortável aos comandantes da miséria e do progresso do Brasil. Nos quase 500 anos de história aconteceu de tudo um pouco: compra e venda de gente como nós nos leilões em praça pública, uso de escravos novos para reproduzir filhos (mão-de-obra com pouco custo e nenhum risco) com escravas sadia

Quadro de medalhas do PAN

1 - Estados Unidos  92             2 - Cuba 58     3 - Brasil 47     4 - México 42     Por que um pais como Cuba está na nossa frente no PAN?  

Ah! Os relógios

Amigos, não consultem os relógios quando um dia em for de vossas vidas em seus fúteis problemas tão perdidas que até parecem mais um necrológios... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira. Inteira, sim, porque essa vida eterna somente por si mesma é dividida: não cabe, a cada qual, uma porção. E os Anjos entreolham-se espantados quando alguém - ao voltar a si da vida - acaso lhes indaga que horas são...  Mário Quintana

DO TEMPO

I No ombro do dia (que anoitece) reflexo n’água (que anoitece) o homem se afunda (e amanhece.) Na moita da noite o sonho é fundo. Na noite do dia o sonho é fundo. O sonho é fundo: o homem cresce. Do fundo do sonho o sonho é alto, de amor se tece. O homem é sua paisagem. E amanhece. O tempo é uma cobra. De repente se desdobra e vaza a pupila. A noite é funda, a morte tece. Dentro de si o homem sabe. E amanhece. II O dia desdobrado em natureza viva sobre a toalha bordada do acaso. O dia cotidiano entre as horas e as frutas na mesa. O dia a dia devorado na inconseqüência temporal, entre o mel e o silvestre e o pão de casa, a louça herdada e o talher de sempre, entre a palavra, o gesto de servir o prato e o trocado olhar sobre a mesa madurando a infância vegetal. O dia abre a boca, verde trevo entre os dentes. O dia entre as cercas vivas, entre a ponte mastiga o poente. O dia abre a porta

POEMA MATEMÁTICO

Me somo E fico um Me multiplico E permaneço um. Me divido. E continuo um. Me diminuo. E resto um. Me escrevo E sou nenhum. ( Lindolf Bell)

Confissão

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Não amei bastante meu semelhante, não catei o verme nem curei a sarna. Só proferi algumas palavras, melodiosas, tarde, ao voltar da festa. Dei sem dar e beijei sem beijo. (Cego é talvez quem esconde os olhos embaixo do catre.) E na meia-luz tesouros fanam-se, os mais excelentes. Do que restou, como compor um homem e tudo que ele implica de suave, de concordâncias vegetais, murmúrios de riso, entrega, amor e piedade? Não amei bastante sequer a mim mesmo, contudo próximo. Não amei ninguém. Salvo aquele pássaro – vinha azul e doido – que se esfacelou na asa do avião. Carlos Drummond de Andrade

Como um chão de terremotos... Como amor remoto

O Homem -"No momento em que eu ia partir Eu resolvi voltar" Vou voltar! Sei que não chegou a hora De se ir embora É melhor ficar... Vou ficar! Sei que tem gente cantando Tem gente esperando A hora de chegar... Vou chegar! Chego com as águas turvas Eu fiz tantas curvas Prá poder cantar... Esse meu canto Que não presta Que tanta gente Então detesta Mas isso é tudo O que me resta Nessa festa! Nessa festa!... Eu! Vou ferver! Como que um vulcão em chamas Como a tua cama Que me faz tremer... Vou tremer! Como um chão de terremotos Como amor remoto Que eu não sei viver... Vou viver! Vou poder contar meus filhos Caminhar nos trilhos Isso é prá valer... Pois se uma estrela Há de brilhar Outra então tem que se apagar Quero estar vivo para ver Oh! O sol nascer! O sol nascer! O sol nascer!... Eu! Vou subir! Pelo elevador dos fundos Que carrega o mundo Sem sequer sentir... Vou sentir! Que a minha dor no peito Que eu escondi direito Ago

Apenas Mais Uma De Amor

Lulu Santos Eu gosto tanto de você Que até prefiro esconder Deixo assim ficar Subentendido Como uma idéia que existe na cabeça E não tem a menor obrigação de acontecer Eu acho tão bonito isso De ser abstrato baby A beleza é mesmo tão fugaz É uma idéia que existe na cabeça E não tem a menor pretenção de acontecer Pode até parecer fraqueza Pois que seja fraqueza então, A alegria que me dá Isso vai sem eu dizer Se amanhã não for nada disso Caberá só a mim esquecer O que eu ganho, o que eu perco Ninguém precisa saber Eu gosto tanto de você Que até prefiro esconder Deixo assim ficar Subentendido Como uma idéia que existe na cabeça E não tem a menor pretenção de acontecer Pode até parecer fraqueza Pois que seja fraqueza então, A alegria que me dá Isso vai sem eu dizer Se amanhã não for nada disso Caberá só a mim esquecer E eu vou sobreviver... O que eu ganho, o que eu perco Ninguém precisa saber

Perdemos a oportunidade de melhorar a Justiça

Não derrubaram a prova da OAB. Infelizmente o STF continua a entender a justiça como mercadoria, e a OAB que muitas vezes lutou por um Estado de Direito agora luta pelo Estado do Dinheiro. A prova da ordem protege a sociedade do maus advogados, mas não protege os acadêmicos das más faculdades. Esta decisão manterá o ônus da má formação somente com o estudante e as faculdades continuarão a preocupra-se  mais em conseguir mimos em redes de lanchonetes, do que criar um ambiente com grande desenvolvimento de conhecimentos. Silvério Dorow Estudante de Direito 26/10/2011 - 20h11 Por unanimidade, STF decide que exame da OAB é constitucional Publicidade DE SÃO PAULO Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira que a exigência do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para o exercício da profissão dos formados em direito é constitucional. Prova da OAB serve para proteger a sociedade contra maus advogados O relator do processo, ministro Mar

Reflexões sobre o cárcere no Brasil

Renata Granha Estudante de Direito da Universidade Unigranrio, no Rio de Janeiro   A constante reflexão acerca do sistema penal brasileiro traz à baila alguns questionamentos intrigantes. São poucos os que lutam contra uma volumosa correnteza destinada à aplicação desmedida de pena privativa de liberdade visando a vingança social-individual. O Estado, por sua vez, fornece uma espécie de tocha olímpica dissimulada pelo tão valorizado princípio da legalidade que, ao contrário de priorizar o bem social através da delegação de poderes para a autoridade competente impedir o arbítrio, massacra, transfere, agride, perverte e avilta seus filhos. Não se pode descartar que os princípios religiosos, tão fartamente difundidos, exerçam ainda uma imperiosa força de obediência, apesar de há muito já terem cedido para o Estado seu ius puniendi , e esse, por sua vez, perpetua a valorização dos elementos axiológicos escondendo-se atrás de dogmas já em desuso, transferindo a

Eu vim da geração das crianças traídas

.... Eu manterei meu ódio a todos os cetros, cifras, tiranos e exércitos, Eu manterei meu ódio a toda a arrogante mediocridade dos covardes. Eu manterei meu ódio contra a hecatombe do pseudo-amor entre os homens. Eu manterei meu ódio contra os fabricantes das neuroses de paz. Eu direi coisas sem nexo em cada crepúsculo de lua nova Eu denunciarei todas as fraudes da nossa sobrevivência. Eu estarei na vanguarda para conferir esplendores. Eu me abastardarei da espécie humana. Mas eu farei exceções a todos aqueles que souberam amar. ... Lindolf Bell

Pra rir um pouco...

1 -O advogado, no leito da morte, pede uma Bíblia e começa a lê-la avidamente. Todos se surpreendem com a conversão daquele homem e uma pessoa pergunta o motivo. O advogado doente responde: - Estou procurando brechas na lei.  2 - O menino vê uma lápide no cemitério e vai perguntar à mãe: - Mãe, neste cemitério são enterradas duas pessoas em cada cova? - Não, filho, apenas uma! Por que esta pergunta? - É porque neste túmulo está escrito: ‘Aqui jaz um advogado e um grande homem’ 3-Um advogado morre, e pede em seu testamento que cada um de seus três sócios jogue 50 reais dentro de seu túmulo, na hora do enterro. O primeiro pensa muito, tira uma nota de 50 reais da carteira e joga na cova. O segundo reluta bastante, mas também joga uma nota de 50 reais. O terceiro recolhe as duas notas de 50 e joga um cheque de 150 reais na cova. 4- O cliente liga para o escritório de seu advogado: - Gostaria de falar com Dr. Roberto. A secretária, pesarosa, informa-lhe: - Sinto muito,

A imunidade parlamentar

Robson Sousa Bacharel em Direito com especialização em Direito Público  A imunidade parlamentar está prevista no artigo 53, da Constituição Federal, e em seus parágrafos. Esse instituto foi criado para proporcionar certas garantias e prerrogativas aos parlamentares no exercício de sua função legislativa. Veio proteger os parlamentares, legítimos representantes do povo, contra as arbitrariedades praticadas pelos outros poderes. Esta imunidade pode ser material e formal. Imunidade material Visa proteger o parlamentar em relação às suas opiniões, palavras e votos proferidos em razão do exercício ou desempenho de suas funções legislativas. Por esse motivo, não haverá responsabilidade penal, civil, disciplinar ou política. Penalmente, o parlamentar não responde por atos criminosos, em que haja nexo entre sua conduta e o exercício do mandato. Os delitos mais comuns são: calúnia, difamação e injúria. Com a Emenda Constitucional nº 35/2001, a imunidade passou a ser também ci