Por que será que a educação não é uma prioridade nacional?


Desde que entrei na escola no ano de 1976, escutava que a educação não era uma prioridade nacional. Naquela época este debate era feito aos cochichos, pois estávamos nos anos de chumbo do governo militar.

Eu ficava questionando em meus pensamentos, sobre porque não era uma prioridade nacional. O governo não quer que sejamos instruídos? Qual a vantagem disso? Quanto ganha um professor? Pensava eu.

Entendia que isso era um problema que o governo tinha que resolver e essa ideia me acompanhou durante muitos anos, confesso, mas hoje penso diferente.

O problema da educação não ser uma prioridade nacional é um problema nosso.

Nós é que não damos o verdadeiro valor para a educação. Pois se tivéssemos dado a situação seria diferente.

Afinal, nós somos os eleitores de nossos governantes e não exigimos mais investimentos e respeito para a educação?

Como podemos pensar em um país sem maciços investimentos em escolas, material didático, formação de professores, salários adequados e a devida valorização deste profissional?

Não é ele que passa durante anos vem nos ensinando e a nossos filhos desde a pré-escola até a universidade?

Como ele pode ser deixado de lado e não é tão bem pago como deveria ser?

Hoje ser professor é uma tormenta: alunos desmotivamos, pais alienados da vida escolar, governos incompetente, politicagem nas escolas que servem de curral político para os governos criarem e domesticarem seus porcos, salário baixo forçando-os a darem aulas em várias escolas.

Sem falar na política partidária que acontece nas escolas. Na secretária estadual para ser Diretor de Escola tem que haver um padrinho no governo. Senão não vira diretor.

Quantos professores concursados existem em SC?

Quantos professores ACT são necessários e quantos temos na realidade em nosso estado?

Porque não são concursados?

É isso que eles enfrentam na escola todos os dias. Como podem educar direito seus alunos?

Cabe a nós cidadãos brasileiros exigirmos de nossos eleitos o real e correto investimento para a educação. Temos que participar da vida escolar, cobrar dos diretores, professores as melhorias necessárias, cobrar o empenho de nossos filhos e também nos empenharmos para aprender. Cabe a mídia denunciar os descasos. E ao governo cumprir com o que estabelece a Constituição Brasileira.

Somente assim podemos vislumbrar a possibilidade de uma sociedade mais justa e solidária, pois um povo educado é menos explorado.

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