Chile Rebelde: Estudantes mostram o caminho da luta contra o neoliberalismo

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Chile Rebelde: Estudantes mostram o caminho da luta contra o neoliberalismo

Por Bárbara Mengardo
Enviada Especial ao Chile

21 de agosto, Santiago. Um milhão de braços se levantam, e um milhão de vozes cantam em coro “O povo, unido, jamais será vencido”!

O acontecimento marcou o fim de mais uma marcha contra o atual sistema educacional chileno, e integra uma onda de manifestações que se estendem desde março no país. Universidades e colégios ocupados, greves e uma intensa atividade cultural e política tomaram conta do Chile, em mobilizações que há muito tempo deixaram de dizer respeito apenas aos estudantes.

Universidades caras, estudantes endividados por mais de dez anos para pagar sua educação e instituições de ensino geridas como mercados que vendem diplomas são frequentes, hoje, no Chile. Mas até quando?

Educação privatizada

“Eu tenho 31 anos, mas vou terminar de pagar meu curso universitário com aproximadamente 50”. O depoimento de Fernando Lody, estudante de pedagogia da Universidad Del Pacifico, em Santiago, narra uma situação corriqueira entre os jovens no Chile, e demonstra alguns dos absurdos que o neoliberalismo produziu na educação chilena.

No Chile, pode-se dividir a educação entre antes e depois do regime ditatorial de Augusto Pinochet (1973-1990). Casos absurdos como o que vive Fernando foram consequências diretas da implementação de medidas neoliberais pelo ditador, e se transformaram nas principais pautas das manifestações que tomaram o Chile.

“Eu estou convencido de que o que estamos vivendo, hoje, é responsabilidade da ditadura militar, que, nas suas últimas horas de mandato, entre 1 e 10 de março de 1990, decretou uma mudança substancial na educação chilena. Privatizaram a educação pública e a municipalizaram, ou seja, transferiram do Ministério da Educação para os municípios a responsabilidade pelos estabelecimentos educacionais básicos e médios, gerando uma desigualdade impressionante”, afirma Alejandro Cid Herrera, diretor do colégio Cláudio Arrau Leon, um dos muitos que estão em greve em todo Chile.

O Chile é considerado o laboratório do neoliberalismo na América Latina. Pinochet privatizou o quanto pode os serviços públicos, incluindo a educação universitária, e, atualmente, mesmo as universidades estatais, que representam uma pequena parcela dentro do ensino superior, são pagas. As instituições de ensino médio e fundamental se dividem entre públicas, privadas e particulares subvencionadas, que contam com ajuda financeira do governo.

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http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/component/content/article/156-edicao-174/1935-chile-rebelde-estudantes-mostram-o-caminho-da-luta-contra-o-neoliberalismo

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